Cantora travesti denuncia motorista de app: 'diversidade só interessa como palanque'

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2018 13h39
Reprodução/Facebook

A cantora Linn da Quebrada usou suas redes sociais na noite desta segunda-feira (20) para fazer uma denúncia de discriminação. De acordo com o relato, ela solicitou um veículo através do aplicativo Uber e, assim que ele chegou, o motorista se recusou a fazer a corrida ao perceber que se tratava de uma travesti. E, ainda segundo ela, não foi a primeira vez  que isso aconteceu. 

“Eu que sou constrangida constantemente e seus motoristas continuam impunes e sendo beneficiados. O mínimo que você @Uber_Brasil deveria fazer é fornecer algum tipo de treinamento no que diz respeito a diversidade, respeito e relações humanas. E se posicionar com esse tipo de motorista que nos violenta constantemente. Se você não se posiciona e permite a violência, você a apoia. Qual vai ser? Posicione-se. Ou a diversidade só te interessa enquanto palanque e captação monetária?”, questionou.

A provocação fez referência às constantes ações realizadas pela empresa em prol da diversidade. A Uber chegou a ter, neste ano, um trio elétrico patrocinado na Parada LGBT de São Paulo na Avenida Paulista.   

Em nota, a empresa afirmou que: Definitivamente esta não é a experiência que a Uber deseja oferecer a seus usuários. Este tipo de comportamento configura violação aos termos de uso da plataforma.”

Ainda de acordo com a nota, a Uber entrou em contato com a cantora para proceder com a queixa. 

Linn é uma das precursoras da cultura trans e travesti no Brasil. Além de sua carreira na música, ela ganhou destaque recentemente ao estrelar Bixa Travesty, documentário de Kiko Goifman e Claudia Priscilla que relata sua transformação e seu processo criativo. No início deste ano, o longa venceu o Teddy Award (chamado popularmente de Urso de Ouro LGBT), prêmio entregue aos melhores filmes com a temática no Festival de Berlim.

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